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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

INSETOS DO BAMBU - BAMBOO INSECTS

INSETOS  E ÁCAROS DO BAMBU  
        
MEALYBUGS

MEALYBUGS - Definição da web: Inseto pequeno, sugador de seiva, que é revestido com uma cera branca em pó que se assemelha a uma farinha. Forma grandes  grupos e pode ser uma praga séria.
Existem muitas espécies destes insetos que são chamados de "Mealybugs", cada um com sua preferência por algumas plantas, inclusive alguns bambus, mas em geral todos se enquadram dentre a descrição de insetos minúsculos de aspecto esbranquiçado, cobertos com uma capa cerosa com aspecto farinhento semelhante ao algodão. 

Scientific classification
Kingdom: Animalia
Phylum: Arthropoda
Class: Insecta
Order: Hemiptera
Suborder: Sternorrhyncha
Superfamily: Coccoidea
Family: Pseudococcidae












Muitos são os insetos que transitam o tempo inteiro sobre um bambuzal. Durante muitos anos de pesquisa tenho tido a oportunidade de fotografar e observar alguns destes com atenção, no sentido de saber quais deles são predadores dos bambus e quais apenas utilizam esta planta como ambiente propício para sua sobrevivência, sem que altere o desenvolvimento da planta.
O interessante é saber bem distinguir entre os insetos que são"predadores" do bambu e os que são "predadores dos predadores" do bambu.

Vou começar com um dos"Mealybugs" predadores de maior incidência em algumas das espécies de bambus da minha coleção que tem me dado muito trabalho.


ANTONINA PRETIOSA

- Arthropoda
   - Hexapoda
      - Insecta
         - Coccoidea
           - Hemiptera
             - Pseudococcidae
               - Antonina
            


O conjunto é uma formação inicialmente esbranquiçada e que vai se tornando endurecida e escura, além destas características apresenta a formação de um pequeno filamento branco que emerge do centro do agrupamento. Estes  insetos produzem uma substância açucarada(?) que atrai a formiga e algumas espécies de abelhas.









Abelha conhecida como Jataí retirando a substância, que na realidade e retirada da planta pelos mealybugs os quais sugam este líquido do local onde se instalam.


     O inseto, propriamente dito não está a vista porque, ou está agrupado em um volume branco/ farinhento, como nas fotos abaixo, ou nesta substância (ao lado)borbulhante, ou está  encoberto por uma massa endurecida, de coloração negra, que pode ser vista na foto abaixo.










.
Estes insetos se instalam preferencialmente nos bambus alastrantes do gênero Phyllostachys, de uma maneira geral, mas eles têm uma preferência nítida pelo Phyllostachys nigra henonis, se comparado aos demais Phyllostachys que tenho na minha coleção (ao total 7 espécies). Já os vi em alguns outros tipos de bambu como os Bambusa, Pleioblastus e outros, normalmente em plantas de pequeno porte.




























Estes escurecimentos nos  nós e ramificações(fumagina) deixam um aspecto muito feio no bambu. A presença deste inseto, dependendo do grau de infestação, não chega a matar a planta mas o prejuízo visual e o retardo no crescimento são evidentes. 

Para detectar que os grupos de mealybugs estão ativos basta constatar a presença constante de formigas na superfície do conjunto, na substância adocicada ou também ao espremer a superfície escurecida(muitas vezes parece estar seca) se percebe uma tintura de coloração avermelhada nas pontas dos dedos.



Um dos sintomas mais evidentes da presença destes insetos, além das partes escurecidas, é o amarelamento e queda das folhas. Como dito anteriormente dificilmente uma infestação deste tipo poderá causar a morte da planta, mas certamente afetará seu desenvolvimento e aparência. Se houver uma persistência desta infestação das plantas dentro de potes(quando não estão no solo) a planta poderá definhar até secar completamente

TRATAMENTO & CUIDADOS
Por muitos anos estudei uma forma de tratar estes bambus infestados utilizando misturas convencionais tais como: soluções com fumo, óleos e detergentes e outras misturas ditas como" caseiras".
Sabe-se que estes bichos têm uma relação estreita com algumas abelhas e as formigas numa espécie de protocooperação. Em alguns casos as formigas carregam estes insetos de um local para outro maximizando o número de agrupamentos para atendê-las com o seu "néctar". As formigas os protege de outros predadores tanto das larvas das Joaninhas como das Joaninhas adultas como se pode ver no vídeo abaixo.

Vide vídeo no Youtube sobre a relação entre formigas e afídeos.

 https://www.youtube.com/watch?v=DnpJibC5iA0




É muito difícil conseguir eliminar a presença deles se não eliminarmos as formigas. Na maioria das vezes elas se instalam nas proximidades, em cascas de árvores, galhos e/ou nos colmos caídos ou secos, nos viveiros e/ou jardins e algumas vezes se instalam dentro dos próprios potes onde está plantado o bambu. No caso de florestas de bambu estas formigas (formigas pretas e vermelhas) se instalam nos colmos secos dos bambus caídos.
Uma das medidas preventivas é fazer uma"limpeza" na floresta eliminando o que for possível de todos os esconderijos onde este tipo de formiga se instala.

Conclusão sobre tratamento:
Remédio não tóxico ao ambiente e às pessoas/animais para o "Mealybug" não existe...(?),  portanto a saída seria usar formicida e eliminar as formigas. Logicamente, um cuidado especial deve ser tomado para que, ao eliminar as indesejáveis formigas, sejam utilizados produtos que não sejam tóxicos à planta e nem absorvidos por ela. 
É bom lembrar que estas espécies de bambu do gênero Phyllostachys são grandes produtoras de brotos comestíveis, altamente utilizados na culinária e  muitas vezes "in natura".



IMPORTANTE
"Em caso de bambuzais com finalidade de colheita de brotos é conveniente que a eliminação das formigas seja feita com critérios absolutamente técnicos e acompanhados por profissional habilitado".

LIMPEZA MANUAL
Quando se trata de fazer a retirada manual destes insetos de um bambu de pequeno porte é possível fazer uma "limpeza" com uma escova pequena e água. Após a retirada manual (áreas escurecidas com uma casca) passar a escova molhada e aplicar, por pulverização, uma mistura de óleo mineral e um solução detergente (feita com sabão neutro). Após toda a retirada e a eliminação das formigas(principalmente aquelas pretas loucas) a planta retoma a vida normal.
Retirada manual



Utilização de escova e uma solução concentrada de sabão neutro

 
Esfregar a escova suavemente nas áreas escuras tomando o cuidado para não romper as bifurcações e despencar os frágeis galhos onde os insetos estão instalados.
Este tipo de mealybug(Antonina pretiosa), diferentemente dos tipos farinhentos, não saem com jatos de água sobre a planta. É possível se fazer uma limpeza jateando água fortemente sobre o local da incidência destes insetos, o que não isenta o uso de substâncias mais agressivas a eles como as soluções de detergentes neutros/óleos/soluções com fumo etc...

CONTROLE QUÍMICO


O produto mais "light"(supostamente) é o uso de um preparado a base de óleo de Neem(azadiractina). Produto obtido a partir do Cinamomo. Existem algumas marcas com nome comercial no mercado.


Existem produtos a base de Imidacloprida (produto tóxico e fatal para as abelhas)que são indicados para o combate destes e outros insetos mas, evidentemente, assim como eles estarão sendo atingidos, também serão eliminados seus predadores, como a joaninha, sua larva e algumas cochonilhas predadoras benéficas.


Eu utilizo uma mistura de óleo comestível com detergente neutro ou solução de fumo fazendo, dentro do possível,
a retirada manual dos insetos quando tenho acesso, como no caso das mudas de pequeno porte e no viveiro. Deve-se estar atento para não fazer esta operação expondo a planta ao sol.

Na floresta isto não é possível. O tratamento em florestas deve ser acompanhado de técnicos capacitados para utilização de produtos adequados e em doses adequadas. Porém, é possível fazer uma aplicação utilizando estas soluções "caseiras" numa escala maior, como as misturas de óleo/fumo/água utilizando pulverizadores especiais para maiores volumes e plantas de maior porte.

PREDADORES NATURAIS DOS "MEALYBUGS"


Vide  2 vídeos no link abaixo no Youtube

https://youtu.be/GhnUaE_h7p4
https://youtu.be/LuzMw6mODsM

No Phyllostachys nigra henonis (Hatiku)




Predador(branco)em um grupo de mealybugs













Abaixo a ação do Cryptolaemus montrouzieri
Veja o vídeo da larva deste inseto que é um Coleóptero parente da Joaninha se deslocando sobre uma folha de bambu na busca de ácaros


https://youtu.be/V-M5pLkQUGk

Este inseto da foto é um excelente predador do Paracoccus marginatus(que é um mealybug farinhento), do Palmicultor lumpurensis(farinhento também porém, com aspecto avermelhado) e também é predador de  algumas cochonilhas e de outros insetos.

Até aqui mostramos o "mealybug"  Antonina pretiosa, mas existem outros "mealybugs"(Insetos) que utilizam o bambu como "habitat".  Alguns são os de aspecto farinhento que citamos no início que podem atacar os bambus e um sem numero de outras plantas.

Ambos tem os mesmos predadores como a Joaninha e o Crytolaemus montrouzieri que está no vídeo acima predando ácaros. 

Na foto abaixo ele está predando alguns ácaros  em um colmo de Bambusa vulgaris
Como se pode ver os mesmos insetos que atacam os "mealybugs" também se alimentam de ácaros(que não são insetos e sim aracnídeos).



Algumas vezes, pela semelhança entre as larvas destes insetos(cheio de perninhas da foto acima), se faz "confusão" entre ambos, os predadores e os mealybugs, pois suas larvas também são brancas e algumas tem um aspecto farinhento, semelhante a outros tipos de mealybugs que também têm um aspecto de algodão.

Segundo alguns sites na internet apenas um destes insetos,  durante o estágio larval(que é este cheio de perninhas) pode comer cerca de 250 mealybugs.  Em caso de controle biológico utilizando este inseto é importante fazer, com frequência, o controle populacional.

Depois de adulto este Coleóptero acima(de dezenas de pernas) se transforma em um cascudinho de coloração marrom, de formato semelhante a uma Joaninha, que dura até 4 meses. 




O adulto começa a fazer novas posturas em 50 dias e deposita seus ovos no meio ou próximo dos "mealybugs" e ácaros, ao ponto de quase se confundir com elas.
 
 



    
Desta forma suas larvas vão se  alimentando dos "mealybugs"e/ou dos ácaros e se desenvolvendo.
Tanto os adultos como suas larvas também se alimentam de cochonilhas do tipo destas(arredondadas quase translúcidas) que estão nas últimas fotos.
Cochonilhas de carapaça, cochonilhas verdes, amarelas, cochonilhas lanuginosas e outros ácaros.
Os adultos preferem os ovos dos "mealybugs", aqueles farinhentos, que parecem algodão das fotos acima.

Tanto a forma larvária como a forma adulta tem a propriedade de se alimentar dos mesmos insetos e dos mesmos ácaros.


Como descrito em meu artigo anterior neste blog, sobre as Joaninhas(existem dezenas de espécies de varias colorações), estas também exercem um papel importante no controle biológico destes insetos(mealybugs) e ácaros.
Obs.: Tenho a certeza que fui repetitivo no intuito de gravar bem a diferença entre eles e suas ações com o objetivo de sedimentar bem estas diferenças que geram muitas dúvidas.

CONCLUSÃO
Como este artigo não termina por aqui, pois fazem muitos anos que comecei a me informar, acompanhar o desenvolvimento, tirar fotos e escrever sobre estes bichos, gostaria de deixar uma ressalva em relação a um aspecto que sempre me deixou intrigado.
Em se tratando destes insetos(mealybugs) e ácaros dos bambus,  os mais comuns da minha floresta, cheguei a conclusão que não existe verdade muito definitiva em relação a tratamento, em que local da planta eles preferem incidir, em que época e qual o melhor forma de evitá-los.

Existem alguns trabalhos científicos publicados na web sobre estes bichinhos, mas não se referem a eles "operando" especificamente nos bambus. Apenas descrevem sua anatomia e alguns hábitos porém sem muitos detalhes. O assunto é bastante complexo e custoso de entender num primeiro estágio. 
O que sempre pude verificar e que acontece com as outras plantas, como sendo recorrente nestas publicações é que as formigas são preponderantemente importantes para o desempenho e proliferação destas pragas. Reduzindo-se o acesso das formigas na planta reduz-se proporcionalmente a incidência de mealybugs nela. 
Obs.: De nada adianta não usar "venenos" nos mealybugs e depois colocar venenos para as formigas, isto irá afetar a planta e o ambiente.

Este artigo é resultante de observações práticas no dia-a-dia dos viveiros e de minha coleção no BAMBUPLATZ GARTEN, além de informações colhidas com outros profissionais do ramo do bambu. Não tenho a pretensão, com este artigo em elaborar teorias científicas sobre este tema. Se trata apenas de um descritivo para observação.

Como sempre tenho feito ao postar o que escrevo peço aos meus leitores que, caso encontrem erros ou informação indevida nas postagens, façam contato através do blog, com as sugestões e/ou observações que faremos as modificações com os créditos ao informante.


























quarta-feira, 1 de agosto de 2018

WWW.BAMBOOFOUNT.COM.BR - FONTES DE BAMBU

                                                    WWW.BAMBOOFOUNT.COM.BR

Comecei  no Bambu fazendo fontes, lá por 2002 e escollhi o nome "Bamboofount"para meu website. Acabei optando por este nome, pois era o mais razoável disponível dentre os que ainda não existiam com o pessoal que fazia fontes. Tinha escolhido antes "Bamboofountain" porém a web estava cheio destes nomes e acabavam dirigindo as buscas para outros websites.



Em meados de 2005 fiz um compilado de todos os produtos de design exclusivo que eram produzidos aqui no Bambuplatz Garten( o nome do local ainda não era este), além dos materiais que podem ser utilizados na indústria do artesanato com bambu.

Durante mais de 12 anos estive com meu website  www.bamboofount.com.br ativo até que ficou obsoleto. Ao tentar reativá-lo foram perdidas algumas informações que  eram fundamentais para sua manutenção então resolvi coloca-lo aqui no meu blog.

Sempre achei os bambus uma planta interessante. Quando comecei com as fontes não tinha a mínima idéia de que me envolveria com o BAMBU da forma como estou envolvido hoje.

Minha primeira fonte foi com um pedaço de "taquara" mal cheirosa, cravejada de mariscos, que peguei dentro d'água lá em Santo Antônio de Lisboa em Florianópolis,SC.
Ficou de molho lá no meu sítio até que o cheiro desaparecesse. Tinha então o material necessário para fazer a tal da fonte.

Aqui estão as primeiras taquaras com mariscos já prontas para serem instaladas na fonte improvisada com uma minibomba usada em aquários







Esta ao lado já foi o resultado do aprimoramento no design utilizando bambus fervidos e protegidos por vernizes especiais. 



A partir dali comecei a incrementar o design para torná-la mais estética e definir as dimensões e proporções dos bicos e corpo dos cilindros, ao mesmo tempo que desenvolvia os potes e a forma construtiva.

Mas logo no princípio da produção em maior escala comecei a sentir a dificuldade de encontrar os bambus de grande porte, que tivessem estrutura para a construção das fontes e que fossem adequados ao trabalho de permanecer permanentemente em contato com a água, sem que se deteriorassem.
Iniciei então utilizando varas compradas no mercado e algumas poucas que já dispunha na minha propriedade, mas ainda insuficientes, tanto no porte quanto nas quantidades.

Estes são os modelos das fontes que produzo atualmente


Desenhei os formatos dos potes e os acabamento e mandei confeccionar os potes por um artesão em cerâmica que os produz com exclusividade.
Os potes de cerâmica como se sabe, são porosos e infiltram a água. Foi necessário desenvolver um produto específico para impermeabilizar internamente o pote para evitar a infiltração.

Para os clientes mais resistentes aos produtos naturais desenvolvi alguns modelos em cerâmica utilizando os bambus como moldes.




Desde então iniciei uma produção frenética de fontes e não parei mais. Hoje tenho mais de 700 unidades espalhadas em todos os cantos do país.


Na entrada do website tinha este blá,blá blá para entusiasmar o pessoal a adquirir o produto...











Por trás desta "industrialização" artesanal existe uma série de componentes para esta montagem. A começar que o bambu utilizado era de uma espécie que todos diziam ser inadequado para este tipo de trabalho, o Bambusa vulgaris "vitatta" também conhecido como Bambu imperial (amarelo com listras verdes). Além disto outros componentes como motorização, colas, adesivos, parafusos inox, componentes plásticos e vernizes especiais.
                               E foi assim que tudo começou...e não terminou aí!
Como para a confecção das fontes precisava de muitos bambus de grande diâmetro e este material era escasso aqui no sul do país estava ficando difícil dar continuidade. Com os  bambus de pequeno diâmetro que eu tinha no meu sítio não era possível manter aquele ritmo e incrementar a produção de fontes, surgiu então a idéia de PLANTAR  MEUS PRÓPRIOS BAMBUS.
                               ... e ENTÃO A COISA NÃO TERMINOU ATÉ HOJE.
          Foi necessário desenvolver outros conhecimentos e aprender  mais sobre a planta.

                  Criei então um adendo ao meu website chamado AGROBAMBU que estará disposto a seguir em um outro artigo.





domingo, 8 de julho de 2018

CESTARIA COM BAMBU - TAKEZAIKU

CESTARIA COM BAMBU - TAKEZAIKU


Em 28/abril/2018 foi realizado no BAMBUPLATZ GARTEN um curso no módulo 1 (iniciação) sobre a técnica e a arte de fazer tramados artesanais com bambus.

O instrutor Igor Hatanda fez a apresentação da técnica a um grupo de 12 participantes, onde cada um construiu seu primeiro cesto. Foi feita uma introdução aos materiais, sendo que a utilização do Phyllostachys pubescens(Moso),o Phyllostachys bambusoides e o Phyllostachys nigra "henonis" (Hatiku) são os mais utilizados onde esta técnica é praticada profissionalmente.
O Igor Hatanda traz consigo esta prática que lhe foi passada pelos seus ancestrais.

Um dos principais enfoques da parte teórica foi o material a ser utilizado, pois alguns tipos de bambus citados como sendo  os mais utilizados não são comuns em certas regiões, inclusive aqui no sul do país. Embora sejam encontrados não são abundantes. Por outro lado temos em abundância o Bambusa tuldoides e o Guadua trinii(bastante usado na cestaria indígena). Para a execução do curso foram utilizadas tiras obtidas a partir da espécie Bambusa tuldoides. Até mesmo para justificar que esta espécie serve como alternativa para esta arte.
No conteúdo deste blog, em outro artigo anteriormente escrito, descrevo sobre o Guadua trinii e suas qualidades bem como muitas fotos e sua incidência aqui no RS.




Foram estabelecidas 10 vagas para o treinamento, mas operamos com 12 devido a dificuldade de orientar e acompanhar um a um dos participantes, além da dificuldade para dispor o "ferramental" bem específico, para que todos pudessem acompanhar o desenrolar do treinamento.




Para o preparo das tiras pode-se utilizar os divisores de bambu tradicionais, em formato estrela, porém esta ferramenta nem sempre está disponível para todos os diâmetros. Pode -se entretanto fazer a divisão das tiras com facões e depois fazer os demais cortes na metade das tiras resultantes. Sempre em metades longitudinais até atingir a largura desejada da tira.
Depois de obtidas as tiras, por divisão das canas, faz-se uma nova divisão para a retirada das camadas internas, as quais serão rejeitadas por não serem adequadas ao trabalho.
Após esta operação faz-se o bitolamento nestes aparelhos acima e abaixo tanto na largura como na espessura da tira.
Abaixo a faca que se utiliza para fazer as divisão das tiras manualmente




Os nomes destas ferramentas citadas encontram-se no slide abaixo.




 DEMONSTRAÇÃO DO USO DAS FERRAMENTAS







 
 
 


PASSO A PASSO

INICIAL


                                                                                                                                 
                                         


PASSO 3



OS PASSOS SEGUINTES SÃO REPETITIVOS ATÉ ATINGIR O LIMITE DE ALTURA DESEJADO CONFORME O PROJETO DO CESTO.




                                                                                             CESTO ACABADO


                      CESTO MONTADO



 



















1ª TURMA MÓDULO 1 DO CURSO SOBRE CESTARIA- TAKEZAIKU- 
                         NO BAMBUPLATZ GARTEN