Estava configurado que os brotos ainda não estariam galhados no início do inverno.
E foi o que aconteceu!..
Tenho sempre ressaltado que, aqui no sul do Brasil, certos tipos de bambu precisam estar colocados em locais protegidos. Neste caso, em específico, a geada veio repentinamente e não deu tempo de fazer nenhuma proteção nas plantas menores. Mesmo estando em área protegida por outras árvores, os bambus gigantes, cujos brotos estavam despontando aos 15 m de altura foram os primeiros a congelar.
Como mostrei em outra postagem anterior , somente em 2009 havia tido uma geada deste porte, que dizimou com um lote de 7 touceiras de Dendrocalamus asper as quais até hoje não se recuperaram. Estas estão mostradas na foto abaixo (1) ao lado dos B.vulgaris vittata e uma vista do gelo que permanecia ainda no dia seguinte ao amanhecer.
Abaixo esta uma foto comparativa, da mesma área do Bambuplatz Garten onde esta disposta a minha coleção de 52 espécies de bambu, as quais estão colocadas em diferentes posições. A maioria delas não foram atingidas pelo congelamento por estarem protegidas, ou também por serem resistentes a baixas temperaturas como é o caso dos Bambusa oldhamii, os Phyllostachys em geral e outros.
Algumas das mudas pequenas, que estão com até 2 m de altura ou pouco mais, estão sendo cercadas com tela e envolvidas por um filme plástico, formamdo om cilindro de proteção que evitará o contato direto com o vento na tentativa de reduzir o congelamento.
Ao lado está uma das mudas de Bambusa ventricosa que foi parcialmente queimada nesta geada de jun-12 perdendo seu primeiro broto que estava despontando com mais de 1,5 m de altura.
Na foto abaixo uma touceira de 1 ano de Bambusa lako com 3 m de altura envolvida em tela metálica com 2 m de circunferência e filme plástico
Ainda faltam algumas mudas a serem protegidas. Quando o inverno terminar faço um balanço do resultado final.
Enquanto isto os Phyllostachys pegam força para voltarem em setembro com toda a energia!
Os Bambusas e Dendrocalamus só em fevereiro novamente. É a natureza fazendo seu trabalho regulador!
Afinal, os microorganismos e insetos, que vivem das folhas que caem e dos colmos que morreram, tem que sobreviver!